Os três bodes Rude
A história dos Três Bodes Rude é um conto de esperteza
Essa é uma história do folclore escandinavo, do tipo em que um personagem esperto (um trickster) escapa de uma ameaça com a inteligência. Aqui, os bodes menores convencem o troll que quer devorá-los a esperar pelo bode maior, e esperar pelo seu retorno após pastar, quando estarão, eles mesmos, maiores.
É uma história divertida!
Boa leitura!
Havia três bodes chamados, cada um deles, Rude, que iam escalar uma colina para engordar. Para chegar ao pasto, eles tinham que cruzar uma ponte. E sob aquela ponte, vivia um troll imenso e horrendo, com olhos do tamanho de pratos e um nariz comprido como uma vassoura.
O bode menor, chamado Rude, foi o primeiro a atravessar a ponte.
“Quem está saltitando pela minha ponte?”, rugiu o troll.
“Oh! Sou apenas o menor bode Rude, e vou pastar na colina para engordar”, disse o pequeno bode Rude.
“Hum, estou precisando de um lanchinho. Vou engoli-lo inteiro!” disse o troll.
“Oh, não! Por favor não me devore! Sou pequeno demais!” disse o pequeno bode: “Espero o segundo bode Rude. Ele vem atrás de mim e é bem maior que eu!”
O troll pensou um pouco e respondeu, sem sequer subir à ponte: “Muito bem! Vá logo então!”
E o pequeno bode Rude seguiu seu caminho.
Um pouco depois chegou o segundo bode Rude para cruzar a ponte.
“Quem está saltitando pela minha ponte?”, rugiu o troll.
“Oh! Sou apenas o segundo bode, chamado Rude, e vou pastar na colina para engordar”, disse o bode Rude-Menor-Que-o-Grande-Bode-Rude-Mas-Maior-Que-o-Pequeno-Bode-Rude.
“Hum, muito bem, vou engoli-lo inteiro!” disse o troll.
“Ah, se eu fosse você não me comeria, eu esperaria o bode Grande Rude, muito, mas muito maior do que eu e que vem vindo aí atrás!” respondeu o bode Rude-Menor-Que-o-Grande-Bode-Rude-Mas-Maior-Que-o-Pequeno-Bode-Rude.
“Muito bem! Vá logo então!” respondeu o troll, que não era muito inteligente.
Logo chegou o bode Rude maior. Ele era tão grande que fazia um barulho enorme ao andar pela ponte.
“Quem vem vagando pela minha ponte?” perguntou o troll.
“SOU EU! O MAIOR BODE, O GRANDE BODE RUDE!” respondeu o bode que tinha uma voz quase tão poderosa quanto a do troll.
“Hu-hu, muito bem, bode Rude, aguarde que vou engoli-lo inteiro!” o troll rugiu.
“Ah, eu não faria isso se fosse você! Vou às colinas comer e engordar. Se você esperar pelo meu retorno, me encontrará maior, mais saboroso e com menos agilidade para fugir, e assim terá uma refeição muito melhor!” respondeu o bode Grande Rude.
“Não! Estou cansado de esperar, vou comê-lo agora!” respondeu o troll impaciente.
“Pois, venha! Eu tenho duas lanças,
E vou espetar seus olhos nas orelhas feito tranças!
E além disso tenho duas pedras enormes,
E vou esmagar você em pedaços, e te deixar disforme!”
E então ele fez como fazem os bodes, e correu em direção ao troll com a cabeça baixa e com seus chifres arrancou-lhe os olhos, e o esmagou até ficar disforme e o chutou para dentro do rio, que levou embora seus restos cachoeira abaixo, enquanto o bode Grande Rude seguia o seu caminho para a colina, onde os bodes ficaram tão gordos que mal conseguiam andar para voltar para casa.
Corta, corta, corta,
Acabou esta história.